quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Baby, I love you.

Eu ainda não dormi. Parece que ainda estou outra cidade. Não tenho certeza se já é hoje, ou ainda estamos no ontem. É, eu ainda não dormi.
Lembro-me que tocava Ramones, fazia frio lá fora e parecíamos estar deitados sobre as nuvens. Não ouvíamos nada além dos nossos sussurros e da música que nos envolvia. Éramos só nós. E o resto. Ah, o resto. O resto era o que dava brilho a cena.

Dali à uma hora partiríamos para aquela viagem, sem rumo, que planejamos durante tantos meses. Só eu, você, um mapa, uma carteira de cigarros, umas malas e algum dinheiro no bolso. Não podíamos entrar em algum caminho errado, pois não tínhamos caminho nenhum a seguir. Não podíamos nos perder, pois não tínhamos destino certo. Simplesmente vagaríamos por ai. Na companhia um do outro, como sempre foi, e como sempre vai ser. 



"Have I ever told you, how good it feels to hold you, it isn't easy to explain"




Texto em sua maior parte da @Feitadepapel_, creditos totais a historia a ela. Somente sou responsável por algumas idéias e modificações. 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nota.



 A bomba relógio foi ativada, e eu, apesar de tudo, escolhi não me importar mais com a explosão.

sábado, 18 de setembro de 2010

Please don’t forget me.

Acabei de levantar, acordar pro mundo e descansar minha alma. Tu, provavelmente, acabaste de deitar, desligou-se do mundo, acordou a alma.
Tu vieste de longe, não tinha cama, quanto mais, um lar. Nesse momento, dormia sob a cama velha e desconfortável de um hotel barato. No canto, jogada, uma única mala, onde, uma carteira de cigarros e um isqueiro descansavam.
Eu, trajando uma velha calça jeans e uma camiseta dos Beatles, sentada numa cadeira da minha pequena cozinha, com um café requentado e pães de queijo acabados de sair do forno, deixo a minha mente vagar por ai. E ela, inocente, vagava por esse monstro cinzento, procurando por alguém. Procurando por você. O telefone toca uma, duas, três… Até seis vezes, me levanto e atendo, com uma vontade infinita de que sua voz esteja rouca e doce como sempre, do outro lado da linha. Não era mais chegava perto. A ligação estava ruim e chiada:
- Já estamos aqui, guria. Bem mais perto do que tu imaginas. Corre, e tu consegues me achar, e eu te levo até quem tu realmente queres.
Sorri. Era o maximo que conseguia naquele momento. Desliguei o telefone e desci as escadas correndo, mal trancando a porta, alias, só tive tempo de pegar aquela velha jaqueta na guarda da cadeira. Corri o que me pareceram horas, mais foram só alguns minutos. Dois ou três, não sei ao certo.
- Onde ele está? – perguntei arfante.
- Logo ali. Quarto 105. Deve estar dormindo, mais creio que ele não vai se importar.
Sorri, e peguei um bilhete no bolso da jaqueta. “ Please don’t forget me. 01-05." Tinha que ser.




"When I say that I'd do anything to be again inside your heart, the box where you keep memories alive." 




Texto em sua maior parte da @Feitadepapel_, creditos totais a historia a ela. Somente sou responsável por algumas idéias e modificações. 

Back to the home.

Dei um tempo pra mim, e quando voltei me deparei com as coisas que havia deixado para trás. E, acredite, não foram só as cartas em cima da mesa ou a toalha molhada em cima da cama.

Sejam bem-vindos.

Traga sua bebida favorita, venha e sente-se aqui. Sinta-se em casa, querido. Essa pode sim ser a sua segunda casa