sábado, 18 de setembro de 2010

Please don’t forget me.

Acabei de levantar, acordar pro mundo e descansar minha alma. Tu, provavelmente, acabaste de deitar, desligou-se do mundo, acordou a alma.
Tu vieste de longe, não tinha cama, quanto mais, um lar. Nesse momento, dormia sob a cama velha e desconfortável de um hotel barato. No canto, jogada, uma única mala, onde, uma carteira de cigarros e um isqueiro descansavam.
Eu, trajando uma velha calça jeans e uma camiseta dos Beatles, sentada numa cadeira da minha pequena cozinha, com um café requentado e pães de queijo acabados de sair do forno, deixo a minha mente vagar por ai. E ela, inocente, vagava por esse monstro cinzento, procurando por alguém. Procurando por você. O telefone toca uma, duas, três… Até seis vezes, me levanto e atendo, com uma vontade infinita de que sua voz esteja rouca e doce como sempre, do outro lado da linha. Não era mais chegava perto. A ligação estava ruim e chiada:
- Já estamos aqui, guria. Bem mais perto do que tu imaginas. Corre, e tu consegues me achar, e eu te levo até quem tu realmente queres.
Sorri. Era o maximo que conseguia naquele momento. Desliguei o telefone e desci as escadas correndo, mal trancando a porta, alias, só tive tempo de pegar aquela velha jaqueta na guarda da cadeira. Corri o que me pareceram horas, mais foram só alguns minutos. Dois ou três, não sei ao certo.
- Onde ele está? – perguntei arfante.
- Logo ali. Quarto 105. Deve estar dormindo, mais creio que ele não vai se importar.
Sorri, e peguei um bilhete no bolso da jaqueta. “ Please don’t forget me. 01-05." Tinha que ser.




"When I say that I'd do anything to be again inside your heart, the box where you keep memories alive." 




Texto em sua maior parte da @Feitadepapel_, creditos totais a historia a ela. Somente sou responsável por algumas idéias e modificações. 

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